Se opto por retaliá-la com dura pena
Por que? Não vou cruzá-la em Ipanema
Moral: divórcio, botei ponte de safena
Querendo, vô pro mundo, um nu cansado
Como? Não vou dançá-la mais no fado
Prisão: de ventre, tenho, dói o rim safado
Ah! Como quero o teu ventre em mola
E eu? Fiz-me, a ti, sempre padim-ola
Tensão: se cai, corro, pronto-cola
Não tem mais ‘mamãe do nosso filho’
E ele? Viria mesmo, aí que pilho
Dobra: transa, transo, soja e milho
Ó! tô prestando à outra bola
Onde? Se quiser me siga a sola
Querer: poder, um papo, esmola
Sofrendo, não se venha pro meu lado
O que? Já me atende, o meu recado
Livre: volto, a ser-te, o Bem, Amado
Se a matasse como aos índios, Aponema
Lembrar? Só se o teu poema em rena
Final: sem zoar-te, duro, em longa pena
Amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo!
Rio de Janeiro – 2004
Perdão
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Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
3 comentários:
genial
piadista e amoroso o rod, um canalha com coração...
Milho e soja à serviço da cafonice amorosa. Ahhhh...! (suspiro de mocinha em flor)
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