Voa, Iuri,
Avista o planeta azul,
Sê o olho inédito
A perceber calmaria
Da vista superior
Do planeta-frenesi;
Verte a primeira lágrima
Que não mais pertence aos olhos
Diante da visão surreal
De tudo que somos
No pouco onde cabemos,
Um planeta azul, veja !
Repleto de água ...
Esquece por um segundo
Os complexos conhecimentos
De astro-física e matemática,
Contempla, boquiaberto,
A trajetória errática
De nosso lar.
Iuri Gagarin,
Não tem volta.
O planeta azul
É forte e triste,
Você enlouqueceu
Porque não tinha mesmo como
Armazenar essa visão,
Nem com a mente de um mago.
Voa pra sempre
À energia infinita
Da loucura do Cosmo,
Sê o que podes
E depois disso
Esquece o que podes
Porque reter é murchar
E redime o mistério
De nossa marcha
Inter-estelar.
(Rio de Janeiro, aos 10 de Novembro de 2007)
Visceral
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Tateio no escuro, encontro tua boca –
(É rouca, tua voz...) e meu membro duro
Palpita e, pedra do tesão mais puro,
Pede, das tuas taras, a mais louca.
Te...
Um comentário:
E antes dele a Laika quase viu o planeta azul.
Ladrando pelo espaço, como que dizendo em russo: Somos mais inteligentes! Au au! Morreu de stress 5 horas depois de partir.
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