Te apresento o meu sorriso meia boca
Meia cara, tanta luta, tanta dívida
Te apresento o meu jeito desregrado,
Meu cabelo despenteado, meu soluço,
Tanta esquiva que esboça vida
Eu sinto a falta do almoço e do jantar
Que minha mãe oferecia sem eu precisar comprar
Eu sinto a falta dos meus dias mais completos
Meus domingos indigestos que demoravam a passar
Tantas mudas, tantas vigas, tantos espinhos
Que já sangrei até cansar, já calei até gritar,
Já sentei, e já cansado de sentar, deixei derramar
Vinho tinto no meu terno favorito
Só assim eu pude ver que de tão sujo,
Já não me servia mais.
Eu já não servia mais.
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
5 comentários:
Great! Acho que já chegou em si com destreza poética, reveladoramente, de mão por coração. Coragem a minha de querer uma fendinha. Abraço, Rod.
Lindo, Leo! Lindo, mano. "Não serve mais" é um acerto. Encarar a carcaça velha, engatilhar e meter uma bala no cadaver.
Conveniente pro despertar de um ano novo, né?
Abração!
Poema de despedida, de malas na mão e de "adeus,não me siga"!
Bonito!
cara, meu sonho é recitar isso decorado. meu sonho!
lindo demais Leo!!!
parabens, ta mto bem arranjado.
há braços!
obrigado, galera. foi jogado na tela. acho que é bem assim que o ano deve começar. 2009 já não serve mais.
que venham coisas novas para todos nós.
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