Enfim, me encontrei pra calar meu silêncio
Me insinuei pra sorte, ir sem par
Pra ver o sol raiar, sozinho, sem estar,
Em paz que o meu amanhã já tem
Noite sim, vento nem, brio que traz
Temporais, redemoinhos ao revés,
Sinais de nada aos meus pés... ficar
Em paz que o meu amanhã já tem
Até fiz de mim um livro que nem quisera ler,
Um segredo mal contado, meio eu, meio você...
Um choro, um veto, um grito, atinar sua razão,
Meia verdade aliviada, coisa que nem fiz questão
Testemunhei minha rotina, bem do alto da varanda
Via meu amor passar, muitas vezes, só lembrança...
Esperei tempo demais um olhar, um brilho, um quê,
__Quando foi que eu perdi a vergonha de viver?
Enfim, me encontrei pra calar meu silêncio
Me insinuei pra sorte, ir sem par
Pra ver o sol raiar, sozinho, sem estar,
Em paz que o meu amanhã já tem.
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
5 comentários:
muito bonito!
1: porque essa poesia desloca a gente dos lugares comuns, coloca-nos de acordo com o absurdo do tempo, espaço e do pensamento, nos faz voar sem razão.
2: a primeira e ultima estrofe, dá uma paz de solidão... uma coisa maravilhosa, necessária, de saber-se um homem. como dizia rita lee: no fundo sempre sozinho...
maravilhosa!
É, assino embaixo do Tomaz Musso, senti grande tom poético e beleza! Achei alguns versos especialmente luminosos também!
abraço
É lindo, Leo. Tem todo um ar de letra de música. Isso encanta, é singelo. O refrão, ali pela terceira estrofe, é bem bonito, no "livro que nem quisera ler".
Boa, negó.
tava tentando musicar essa letra um dia desses. acho que pode dar rock!
obrigado aos que leram e um obrigado ainda maior pra quem comentou!
(:
tava tentando musicar essa letra um dia desses. acho que pode dar rock!
obrigado aos que leram e um obrigado ainda maior pra quem comentou!
(:
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