delírios diários
o cotidiano, coitado(!)
de passagem no contra-fluxo
entre buzinas e carros
encontram-se sentimentos
à venda(!!)
enquanto durar estoques
mas só se o preço for barato(!!!)
e a reação, torpe
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
3 comentários:
Gosto bastante, Caco.
Gosto dessa imagem urbana, de vida na calçada, de sentimentos citadinos; paradoxais, pois a cidade é um grande não-lugar, sempre corredor e nunca destino final. Enquanto tudo é efêmero e passa ali - pessoas, carros e buzinas - ficam os sentimentos, mesmo que à venda, baratos e infames.
Mando vê.
Caco, boníssimo, filhote.
Dos melhores poemas seus que vi!
tá aí!
falando nisso, manda de novo a epopéioa pra mim pra eu ir fazendo o livreto, já é hora.
Abração, guri!
caraca,
fico impressionado com a possibilidade de gerar estas reflexões-visões a partir de um lance tão subjetivo como o poema nosso de cada dia. Também me amarro no que meus trutas de geração têm aprontado por aí, quer dizer, heyk e pedro arrepiam na parada, sem dúvida, cada um na sua pegada, né não?
abção, povo!
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