7.5.08

Ensaia! 2

Alguns aspectos de entendimento

Adquiridos da experiência

E de vossas influências


A sintaxe síntese. O poema sintético. O significante em série para o ambíguo significado. Mais imagem em menos espaço. Para acompanhar a constante transformação da língua fermentada nas massas, no homem do dia-a-dia, a transformação pelo processo da feira e da praça. Para acompanhar a constante transformação do intelecto, capaz agora de mais informação em menos tempo. Por que o século cibernético é realidade. Por que computador e televisão cospem os fatos em série. Posicionar-se contra esta realidade é expor-se à uma comunicação estéril. Que envelhece na parede ou na prateleira aguardando pelo futuro promissor. Suposto. Subjetivo, por quanto, imagina um ponto zero pelo qual subverterá a corrente. Mas, nós, Queridos Bandidos, queremos o diálogo. Nós creditamos com mais eficiência a crítica inserida pela própria circunstância ou contexto. Na crítica consumida com o mesmo apetite que consome comida ou cosmético.

O poema de conteúdo absurdo em forma rígida ou livre. Por que absurdo é o próprio formato do sistema, do seu senso de ordem pública (Não Pode Mais Pode), construído cartesianamente ao longo dos séculos. Livre porque não voltamos as costas às conquistas dentro do sistema que lançaram bases para a liberdade das expressões.

O poema excêntrico. Por que na modernidade nada mais choca que não seja bizarro ou excêntrico. Que não seja matéria fácil para pirotecnias e novelas da vida real. É o ambulante das dez lâmpadas na cabeça usando sunga verde fosforescente. É o super anão. É o inventor de ciência nenhuma. É a maluca de fantasia na rua. É a menina Isabela e os três travecos do Ronaldão, etc...


DESPERTAR

acordou do sono e

foi comer no sal e

foi ralhar a escama de

lambuza que

do véu

mel

fel

foi ter comensal no céu


25/04/2008


PEQUENA HISTÓRIA BRASILEIRA

Piraquê pescou Pirarucu

picaretou do Norte ao Sul na

crista da aurora boreal licérgica

multicor por ali findo setenta de

calombos aos montes e

ferida aberta tateando modernidade.


26/04/2008


Guila

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