Quando o canto é choro
Quando o verso é prosa
O sol então amarela
O vermelho rosa
Quando o conto é reza
Quando a fome é sede
O menino tagarela
A madame escova os dentes
O que sobrou o lixo come,
O bicho sacia a fome
Bicho homem, bicho grilo
Quando o canto é doce,
O estômago desconfia
Dura pouca essa alegria.
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
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