Sigo os papos poéticos com este e deixo a pergunta: como trabalhar a imagem do poema, absorvendo a lição dos concretistas (porque é evidente), mas sem ser óbvios ou herméticos como eles. Abraço e arte!
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
5 comentários:
Aí Gutão, a primeira parte do poema vem num compasso muito bom, e isso sem levar em conta o leiaute concretista - sendo este levado em conta, pelos que o apreciam, pontos são somados.
A "ação" dos antigos sobre os novos, na etapa final do poema, está soberba, suscita reações fortes no leitor, achei.
guto, eu choro por causa desse poema, menino!
é muito bom!
tá no zero um gente!
tá rico. mas esse fato do piscar lento virar quadro a quadro é tão foda que já ganha a poesia pelo proprio tema cru.
um abraço!
Não sei como não ser óbvio sendo concretista, deixo a questão sem resposta, por incompetência. Mas chorei com esse poema,quadro a quadro.
Obrigado, meus caros. Nestes dias de quase não pele, sou eu que choro pelos comentários.
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