Segue em linha reta até onde a rua acaba
Segue em linha reta até quando a linha é curva
Não dorme ainda, espera pra chegar até o final
Qu'é pra não se perder, porque eu já me perdi
Segue em linha reta para onde a luz aponta
Segue em linha reta e esquece essa distância
Amanhã quero acordar e me perder um pouco mais
Porque eu já esqueci como é me perder
Já não esperava mais nada depois da quinta vez
Já contava os dias pra chegar o fim do mês
E assim, de tanto não esperar, que apareceu
Ah... Você até merece um poema
Quinta-feira não é dia de nada
Não tem futebol na TV, não tem festa,
Não é início de semana, nem final
Era pra ser só o dia que antecede a sexta
Já não esperava mais nada depois da quinta vez
Já contava os dias pra chegar o fim do mês
E assim, de tanto não esperar, que apareceu
Ah... Você vai virar poema.
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
5 comentários:
tá, algo me chamou a atenção. acho que uma extrema sinceridade, uma coisa de "amigo, preciso de contar, esotu apaixonado", dessas que encanta mesmo e que a gente percebe que o cara virou nosso amigo quando começa a falar dessas coisas.
no mesmo lugar mental devem estar os blogs da galera que narrando o dia-a-dia conseguem fazer um sucesso doido.
olha isso:
a cassia
http://cassialyrio.wordpress.com
e a ander
http://maitamb.wordpress.com/
tem a ver, uma coisa de ir narrando descoberta em tempo real, que tem algo de big brother mais dialoga com um duplo sensível. Não sei, talvez tudo isso seja igual ao fantástico que agora tem quadro pra resolver treta de casamento, mas a vida chama mesmo atenção.
O primeiro poema que você me escreveu... :,)
Lindo!
poisé... "Ah... Você vai virar poema." e virou, foi o primeiro de vários outros que estive escrevendo pra ela.
e quanto ao comentário do Heyk, acho que a dinâmica é realmente essa. é como se fosse alguém se abrindo, retratando seu íntimo para uma pessoa próxima. o fato é que a pessoa próxima pode ser ele mesmo e sua solidão remota.
É isso, o ritual de preenchimento do vazio. Cada um preenche como pode e consegue, seu vazio que não é início nem fim da semana, mereceu um poema. Lindo!
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