5.8.09

árvores de prata

a poeira na estrada
descansa em cor dourada
na pele exposta
entre braços retorcidos

há muito nessa terra

o fumo de corda ainda é
tempo e descanso
fumaça, só fumaça

acima das cores do sertão
plantaram seres estranhos

árvores de prata
e um mar de ondas de luz

cadáveres gigantes
atravessam o destino
de toda uma nação

contam os anos de pedra
de medo e ganância

que conduz
nas redes,

redes de luz.

3 comentários:

tomazmusso disse...

enigmático esse poema, bonito.
não tem gente,
mas uma grandeza humana,
esse requer revisitações...

Anônimo disse...

Belo peoma...a cada dia vc se supera...

beijos..

Malaspina pai...

Cadinho RoCo disse...

Nas redes de luz o descanso esticado e fincado em ganchos pregados numa parede qualquer.
Cadinho RoCo