a poeira na estrada
descansa em cor dourada
na pele exposta
entre braços retorcidos
há muito nessa terra
o fumo de corda ainda é
tempo e descanso
fumaça, só fumaça
acima das cores do sertão
plantaram seres estranhos
árvores de prata
e um mar de ondas de luz
cadáveres gigantes
atravessam o destino
de toda uma nação
contam os anos de pedra
de medo e ganância
que conduz
nas redes,
redes de luz.
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
3 comentários:
enigmático esse poema, bonito.
não tem gente,
mas uma grandeza humana,
esse requer revisitações...
Belo peoma...a cada dia vc se supera...
beijos..
Malaspina pai...
Nas redes de luz o descanso esticado e fincado em ganchos pregados numa parede qualquer.
Cadinho RoCo
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