A poesia tem gosto de maracujina,
Um leve rabisco no tempo
Uma saída no que há de não haver
Alça voo nesse dia triste
Nessa hora inútil
O tempo que queira
A carne apodrecida
Alimenta o pássaro negro.
Assombra circula, em
Infindáveis clareiras
Alça voo, alça voo.
A verdade não há de haver
E ainda estou aqui
Sem milhos, nem pombos
Numa praça esquecida talvez
Onde o rabisco é tempo
E o tempo há de não haver.
Um rabisco de lembrança
Pois o dia triste é uma alegria
E a morte a última ceia.
Seja inútil ou que floresça
Há de permear os ares
Há de estar lá.
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
2 comentários:
Estive aqui...li e gostei...
parabéns
"Numa praça esquecida talvez
Onde o rabisco é tempo
E o tempo há de não haver."
*__*
Gostei do que li!!
^^
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