O elemento do pânico
Para os que têm a temer,
A insanidade flamejante –
O fogo.
Utopista, o fogo é alma;
Só alma.
Nenhum limite lhe ceifa
O movimento nervoso
De sua graça,
A alegria anfetamínica
De sua impetuosidade.
Oxigenófilo e apaixonado,
Irredutivelmente absurdo,
Hipnose, ira, magia –
Energia solta,
Piroanarquia !
Ordenhe o fogo e obtenha cor,
A rubra fração de sóis;
Obtenha Nero, o fero imperador,
E a tragicidade incoercível
Da saga dos anti-heróis.
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
4 comentários:
Grande marujo! Gostei muito do poema! Vários versos de achado, um ritmo sempre no pulso, enfim, versos de quem sabe.
Grande abraço
Oxigenófilo e apaixonado...
Piroanarquia
Um já clássico poema do Isaac.
Vou com o Guto, ritmo no pulso.
E como diz um certo marujo é fogo no milharal.
Medo unânime: sacada boa. Então: desejo. Oculto ou aceso. Tão aceso que é loucura.
Obscessão que consome. Continente e conteúdo.
Alegria e tragicidade incoercível.
A dualidade do próprio homem.
Bem ateado. Parabéns.
muito bom. tem uma linguagem meio química as vezes, meio física...gostei do lance da lírica: bem ateado! mandou bem!
oxigenófilo e fágico...
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