15.6.08

Pincel violino

Cálculos. Corte de cola unaforma. Farda
cetim anti uniforme. Dez lâmpadas entendem
o fluxo. Raízes no vento do ciclo.
Cardume-desejo nos mastros. W-Vem de
longe o estupor que buzina. Silêncio de medo
gelado.
Golpes. Poeira semeia galopes. Paira
nos olhos Azul. Máscaras de chumbo.
Não há metal no sagrado. Mote teta se
ressurreições. Galera. Barcos de caça-trovões.
Tiros e gás no salão. Sabão. Devora desenha
a bandeira queimando. Derreteu o ouro
da cara. Imensidão fractais asfalto
em barra. Berra a jornada acaba.
Tinta livre jorra. Jornada de fronte do
cerne do tempo. No seio de séculos calosos.
Dentada na ordem do dia. Jornada Jornal.
(composto para Andrei Y. R. em 13/06/2008)

8 comentários:

mari lou disse...

aff...

odeio e amo os textos do heyk pq sempre q leio, me sinto caindo no abismo.... rsrssr abismo colorido, porém, porq cheio d palavras.

mas é mto chato, heyk, faz pensar dmais... rsrsrs nesses tempos d final d período na faculdade, pensar é qqer coisa recusável... rsrssrsr

daí, fico na delícia d sentir o som, a cadência, as imagens. principalmente estas:
"Golpes. Poeira semeia galopes."
"Galera. Barcos de caça-trovões"
isso soou tão bem aqi. viagem d horas... rsrsrrsrs

os substantivos, na minha leitura, iam colocando pausas no ritmo do texto, como uma "Dentada na ordem do dia."

e nem digo nada sobre: "Jornada Jornal".

sinto o texto como um monte de soqinhos no estômago d qqer cotidiano. rsrsrrsrs

enfim...

isso.

bjoca,

té!

Heyk disse...

"sinto o texto como um monte de soqinhos no estômago d qqer cotidiano"

isso que é poema! o poema é seu, viu: bonito isso aí que disse.

mas aí eu digo sempre, né: não é pra entender, não é gastar tempo com meus poemas, é só pra deitar, fechar os olhos e sentir (aí pra sentir ele com os olhos fechados tem que decorar, não rola), mas a idéia é isso. Só deixar a coisa do verso dar bom dia na língua dela mesmo.

Não traduzamos aos nossos parâmetros diminutivos. E por aí vai.

Sabe, eu também fiquei orgulhoso des versos que vc apontou. Fiquei mesmo.

"Jornada Jornal" foi o verso de outro, sabe? fiz ele primeiro, pra depois fechar o poema com ele.

Beatriz disse...

então é assim: compulsão e beijo de sal, sabe-se lá porque escrevem assim quase igual. ela borda mais, ele atira à queima-roupa. E os dois têm essa "falta de respeito" com a palavra. Vão juntando, inventam sintaxes esdrúxulas, misturando um monte de coisas esquisitas.
Agora, também acho que, só eles entendem o que escrevem rsrsrs..

Victor Meira disse...

O heyk??
O heyk não ENTENDE nada do que escreve, haha.

Nego, linda pintura, já disse.
A coisa é caos e plasticidade, gente.

Poesia não é Sun-Tzu.
Poesia é mondrian, magritte, miró.

Beijo!

mari lou disse...

mas, qem é eique para dizer como deve ser lido o texto q ele produziu?

nasceu o texto, tah no mundo, não é mais seu. está fora do seu domínio. vc ñ pode mais "controlar". é d qem lê. d qem interpreta, à maneira q sabe, pode, entende.

esse lance de "não é pra entender, não é gastar tempo com meus poemas, é só pra deitar, fechar os olhos e sentir", a gente jah super entende. mas daí ao modo como cada um flue no poema... está fora dos domínios do autor... deixa a gente viajar na maionese, só assim a gente percebe o q pode ou ñ significar, pra gente, os textos q vc ou outras pessoas produzem...


e, ó,

adoro: tem coisa mais gostosa q a possibilidade d criar? deixa o leitor criar tb!!


bjoca mais,

té!

Heyk disse...

É, e lá vou eu te dar razáo de novo. QUe saco... Tem razáo...

ABraçao, e cria aí, sö.

Falando nisso faz tempo que nao vou lá ver suas coisas.

Até

aquelefelipe disse...

ai ai viu!

Heyk disse...

é pra doer.