19.12.07




Me leve pra Bahia, por Philippe Bacana.

projeto gráfico, Heyk Pimenta

Esse é o poema do pintor. Geral-

mente o pintor avulta e se faz

sentir. Mas em palavra a con-

versa é outra. Nesse caso a con-

versa é a mesma. Bacana avulta,

faz sentir. Via verso.






Um comentário:

Victor Meira disse...

Rétado o troço aqui, viu seu Bacana? E olha que tive lá no pelourinho a uns dias atras...

Acho meio doido esse troço de poesia ser diagramada por outrém, que não o autor primeiro. Fiquei curioso pra ver o treco como nasceu, o original, na ordem das coisas estabelecida primariamente, pelo poeta.

No fim fica lindo, a diagramação é boa, Heyk. Mas (ah, o "mas") perde um pouco de alma, daquilo que é jorrado e designado pelo inconsciênte do autor das palavrinhas ali. A diagramação interfere num grau semelhante às próprias palavras da poesia.

Entretanto, a coisa toda não é pejorativa. Quem ganha mais na história é o Bacana, que foi laureado com um esforço de interpretação e pensamento do Heyk-doido-diagramador.

No fim, a obra tem piruetas do consciênte e do inconsciênte de cada um dos dois, e a coisa funde e fica pandemoníaca. Fica uma delícia...

Perde e ganha, e a gente brinca com um tipo de complexidade e de contemplação diferente da obra individual. A partir do momento em que o Heky mexe, o Bacana perde todo o controle e o caminho da obra dele. Mas surge esse autor dual, esse autor que é bicéfalo, e a coisa expande.

Fica tudo bonito e chega de falar merda.

Bacana, qual é tua experiência com a Bahia?

Bêjo pros dois lindões ae.