Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
19.12.07
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Um comentário:
Rétado o troço aqui, viu seu Bacana? E olha que tive lá no pelourinho a uns dias atras...
Acho meio doido esse troço de poesia ser diagramada por outrém, que não o autor primeiro. Fiquei curioso pra ver o treco como nasceu, o original, na ordem das coisas estabelecida primariamente, pelo poeta.
No fim fica lindo, a diagramação é boa, Heyk. Mas (ah, o "mas") perde um pouco de alma, daquilo que é jorrado e designado pelo inconsciênte do autor das palavrinhas ali. A diagramação interfere num grau semelhante às próprias palavras da poesia.
Entretanto, a coisa toda não é pejorativa. Quem ganha mais na história é o Bacana, que foi laureado com um esforço de interpretação e pensamento do Heyk-doido-diagramador.
No fim, a obra tem piruetas do consciênte e do inconsciênte de cada um dos dois, e a coisa funde e fica pandemoníaca. Fica uma delícia...
Perde e ganha, e a gente brinca com um tipo de complexidade e de contemplação diferente da obra individual. A partir do momento em que o Heky mexe, o Bacana perde todo o controle e o caminho da obra dele. Mas surge esse autor dual, esse autor que é bicéfalo, e a coisa expande.
Fica tudo bonito e chega de falar merda.
Bacana, qual é tua experiência com a Bahia?
Bêjo pros dois lindões ae.
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