19.12.07

Contando sobre os que dormem

Intrometo-me. Dínamos, dínamos de fato. Poema-epopéia-mini. Essa foi a primeira grande notícia do dia. Contemplem e, se for propício, depois xinguem. Esse é o primeiro poema do primeiro livro, infelizmente não publicado de Daniel Bosi. Palavra pedra e circo. Publiquem-no, editores felizes. Eu, editor de mim, publico um poema em nosso modesto-megalomaníaco blog. E parabenizo o autor, que para mim antes de poeta é um amigo e felicito os que lerem. Leiam na coluna A la carte as outras coisas em bloco do nosso flautista encaracolado.


*

Dínamos, Dínamos!

São tantos compatriotas que acerto quase na mosca os verbos

Dos ventos.

Santa mesa que farta esteve,

Que a nós veio como um golpe feliz.

Tem uns que já dormem a essa hora da noite.

Nem ouso descrever a noite, ela não gostaria.

Nem ouro custa tão caro o quanto o conto que nos regala,

Com grandes gargalhos e festejos!

Leu livros enquanto dormiu,

E a TV aberta na própria programação,

Página tal, mundo tal, era tal que walk.

Tudo acordado dormindo.

Mini – tamborzões movidos a camaradagem,

Alimentam-se enquanto estufam o couro!

A métrica do grito, tamborilam!

Bailando bem, falando alto, as canções pátrias,

E de novo os festejos:

Todos mundos dormem e se acordam,

Indo pruma guerra com quem vai para uma

Festa.


Daniel Bosi

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