tem muita história nessa água
e só de escafandro num vai dá mesmo
se a beira do Xingu tivesse caldo
caldo tinha era em São Paulo
daqui três séculos
e em baixo d’água
foi o aqüífero guarani que explodiu
quando o metrô derreteu
e sumiu com a nega do victor
e fez peixe voar do céu de bronze do bacana
e fez o weber saber o que tava falando
fez o valor ser mais moeda de troca do que a moeda
a ética pondera o troco
e o troco exacerba a média
é pressão craniana
onde o ar virou lago
virou útil a antena parabólica
peneira samburá rede de pesca
noite grafite eufórica
foi ele que chorou demais
fui eu que gastei o cartão magnético de Curitiba
em 92 tava tudo em dia
mas acabou de mudar a regra
foi o Tietê que virou promessa
foi design que forçou a barra
acabou de acender um cigarro
o cara do barco à fibra óptica
que ligou o motor e foi embora
ou a gente cria guelra
ou junto com água engole a Terra
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
5 comentários:
nô-se...Homi treín didoido.
cumékitá? Poemeiro de tudo,hein?
abraços poemeicos.
ou a gente vai pra marte...
gostei demais. é agente aí né! haha!
e marte tem peixe. certeza.
É o liquidificador das impressões! No fim, a palavrorréia sai linda e dá vários nós na cabeça doida.
Esses nós são tua cara, seu Heyk.
Putz, concordo com o victor de novo, liquidificador de impressões, e como já venho lendo os seus poemas faz tempo, arrisco-me a dizer que é estilo seu mesmo! E muito bom... me lembra um pouco o Zarvos...
beijo heyk
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