Muito gostoso, Aron. A simplicidade da linguagem em tom de conversa mesmo, é ousada - porque arriscada - e é uma delicia. A câmera subjetiva dando a impressão de que o protagonista fala com o espectador é muito bacana. A falta de trilha é excelente, e a chuva dá o tom do filme.
Gosto muito de dois trechos em especial. O primeiro é a frase mais gostosa do filme, que é aquela "como assim? Você tem certeza? Vai perder toda a graça". Sem dúvida, muito verdadeira, muito verossímil, muito real e divertida. Dá um brilho à personagem. É ótimo.
Depois, quando o monólogo começa a brincar com a metalinguagem do cinema, na cena à janela, quando começa ali com "como no final de um filme, que a gente nunca ia advinhar...", é sensacional. Muito bacana, porque a sensação do que se tem quando a segunda personagem é revelada é exatamente "noooosa", haha! Ah, vale dizer também que a tua expressão na segunda personagem é assustadora, incrível, e que o tempo de exposição dessa personagem é perfeito. Dá o impacto, o frio.
As pequenas metáforas pontuadas ao longo do vídeo são muito bacanas, como aquela em que você diz ao aron do passado: "é, a cama é boa, né?"... É sutil. Aliás, isso pode ficar um pouco difícil de pegar pra quem não te conheceu há um tempo atrás. O segundo Aron - sem barba, com o casaco da espm - não é um segundo-aron presente, mas um aron-passado. E isso é um ponto alto do filme.
Mas o tema tem muita relevância. Ainda mais dito tão do fundo desse corazón sensibilíssimo que é o teu, Arão. A solidão e como a personagem resolve essa solidão, apresentando o amor como solução. Muito belo, muito sensível e verdadeiro.
Sobre a linguagem da qual o filme se utiliza, explico o porque do "arriscado". A linguagem não é nem um pouco poética, e pode soar como soam os livros de auto-ajuda, pelo tom de conselho. Mas isso é uma impressão que se tem à primeira vez que o vídeo é visto, quando não se ultrapassa a superfície. Entretanto, acho que um texto um pouco mais polido taparia muito bem essa pequena falha.
A dublagem ficou ótima. É em um ou outro trecho que se nota as falhinhas, como o sopro no microfone de pc, ou às vezes um corte ou outro. Mas tá muito bem sincronizadinho e limpo o audio. A câmera tá bem pilotada. O ritmo do filme é ideal pra o que ele se propõe. Dá as pausas certas entre as frases certas. É gostoso demais de assisir.
Aronzón, é isso. É ótimo, inteligente, e melhor, é de coração. Gosto muito.
Zinabrentos, eis um novo zinabruto para a nossa família: Aron Matschulat. O cabrón estuda cinema na argentina e faz coisa bacaníssima.
Primeiramente seja bem vindo Aron ou "bienvenido" como se diz aí nas terras dos hermanos. Já ouvi falar de ti várias vezes por intermédio do Victor e a primeira impressão agrada.
Quanto ao vídeo. Não há muito a ser dito depois da análise quase-profunda (sem tirar o mérito) que o Torneira fez aqui em cima, mas além de reafirmar a admiração que a sinceridade do vídeo trespassa e a genialidade do texto, eu gostaria de comentar algumas outras coisas.
O único pecado, ainda mínimo, que eu acredito que foi cometido no vídeo é o de que falta ao personagem se assumir plenamente, assumir suas ações e atitudes. Em alguns momentos o ator e a personagem se tocam e isso quebra um pouco a magia do texto. Ou se é um a todo tempo ou se é outro.
Achei muito boa a transição do foco da câmera quase sem cortes e a filmagem sem pausas (ao melhor estilo Michel Gondry).
Por fim, desejo-lhe boa sorte na empreitada ae na Argentina.
Demoro mas não falho, ou não tardo ou tardo e falho e aí fica tudo quinta-feira.
Aron,
tecnicamente amém. Nada a dizer por dois motivos: o primeiro é que não achei ruim mesmo, achei perfeito. O segundo, não entendo nada, logo meu julgo é simples. Se agrada os olhos é bom se não, não é. E agradou.
Quanto aos contextos, às intempéries e interpretações, o texto... digo: é bom moço demais. por isso me atrapalha acreditar. Não sou otimista por essa ferramenta. Busco generalidades e universalizações. Assim quanto a saída ao problema é dada meio auto-ajuda, meia indivíual-sentimental eu nego. POr dois motivos: Não acho que o problema é individual, acho uma saída escapista, essa coisa de a salvação ser amanhã, ou depois, ou depois de amanhã, essa coisa de deixar que a caisa resolve eu acho cruel. E também, é claro, não acho novo. É um texto batido e trablho ou com concordar com o fato ou com ficar surpreso e isso não aconteceu.
Por isso ponto pra técnica, e sem ponto pro conteúdo.
Ao mesmo tempo que segundo a própria premissa do filme, isso sim, ele é muito bom. E sua leveza está de acordo profundo com o intelecto do personagem. Assim é tudo tão colado, tão sincrônico que ó resultado é ótimo. Uma calma que agrada, uma respiração que re-folega.
Por isso é bom. E por isso agrada, ele envolve. E até eu que sou duro, sorri.
ôouba muito gostosas as respostas... Obrigado pelos elogios e criticas. gostei mto das respostas de todos.
não sei o que dizer. o que me alegra é a exposição do ponto de vista de cada um. e não sei se cabe a mim responder ou 'rebater' cada uma. gostaria, do fundo da minha alma, que a obra se defendesse sozinha. no fundo tenho fé nisso. por isso vim aqui... porque na verdade, nem a minha resposta terá valor para a obra... (se é que eu posso chama-lá assim).. e sim para a nossa gostosa conversa. não posso defende-la.
logo, vou expor minhas idéias como um espectador e dialogar com as idéias de cada um, porque gostei da conversa. é um exercicio dificil... não sei se conseguirei aplicar esse não-saber... aliás... se já está completa, já não é mais minha. mas tentarei fazer isso...
...
.....
mal galera... não consegui. hahahahahahahaahahaha :D
Obrigado pelas boas vindas e pelo tempo dedicado a ver e a pensar, vocês 3. Espero contribuir mais e mais por aqui.
Surgido em meados de 2007, o blog-revista propõe a troca de ideias, a arte e a discussão como meios de pensar constantemente a atividade do artista no nosso tempo.
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Poeta, cantor, compositor, roteirista, argumentista, dramaturgo, contista e romancista ainda inédito. Linguista pela Unicamp, especialista e mestrando em Literatura Brasileira pela UFRGS.
Perdão
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Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
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Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
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–...
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Projeto de pedrão guimarães com participação da casadalapa e aliados. Julio
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Z...
#4 – A dor de Tulipa
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– E aí, mano, como cê tá? – E aí, Medrado. – Tulipa soou desanimado,
evasivo. – Tá indo aonde? – não houve resposta. Medrado se incomodou. –
Onde arranjou ...
4 comentários:
Que coisa linda, meu velho!
Muito gostoso, Aron. A simplicidade da linguagem em tom de conversa mesmo, é ousada - porque arriscada - e é uma delicia. A câmera subjetiva dando a impressão de que o protagonista fala com o espectador é muito bacana. A falta de trilha é excelente, e a chuva dá o tom do filme.
Gosto muito de dois trechos em especial. O primeiro é a frase mais gostosa do filme, que é aquela "como assim? Você tem certeza? Vai perder toda a graça". Sem dúvida, muito verdadeira, muito verossímil, muito real e divertida. Dá um brilho à personagem. É ótimo.
Depois, quando o monólogo começa a brincar com a metalinguagem do cinema, na cena à janela, quando começa ali com "como no final de um filme, que a gente nunca ia advinhar...", é sensacional. Muito bacana, porque a sensação do que se tem quando a segunda personagem é revelada é exatamente "noooosa", haha! Ah, vale dizer também que a tua expressão na segunda personagem é assustadora, incrível, e que o tempo de exposição dessa personagem é perfeito. Dá o impacto, o frio.
As pequenas metáforas pontuadas ao longo do vídeo são muito bacanas, como aquela em que você diz ao aron do passado: "é, a cama é boa, né?"... É sutil. Aliás, isso pode ficar um pouco difícil de pegar pra quem não te conheceu há um tempo atrás. O segundo Aron - sem barba, com o casaco da espm - não é um segundo-aron presente, mas um aron-passado. E isso é um ponto alto do filme.
Mas o tema tem muita relevância. Ainda mais dito tão do fundo desse corazón sensibilíssimo que é o teu, Arão. A solidão e como a personagem resolve essa solidão, apresentando o amor como solução. Muito belo, muito sensível e verdadeiro.
Sobre a linguagem da qual o filme se utiliza, explico o porque do "arriscado". A linguagem não é nem um pouco poética, e pode soar como soam os livros de auto-ajuda, pelo tom de conselho. Mas isso é uma impressão que se tem à primeira vez que o vídeo é visto, quando não se ultrapassa a superfície. Entretanto, acho que um texto um pouco mais polido taparia muito bem essa pequena falha.
A dublagem ficou ótima. É em um ou outro trecho que se nota as falhinhas, como o sopro no microfone de pc, ou às vezes um corte ou outro. Mas tá muito bem sincronizadinho e limpo o audio. A câmera tá bem pilotada. O ritmo do filme é ideal pra o que ele se propõe. Dá as pausas certas entre as frases certas. É gostoso demais de assisir.
Aronzón, é isso. É ótimo, inteligente, e melhor, é de coração. Gosto muito.
Zinabrentos, eis um novo zinabruto para a nossa família: Aron Matschulat. O cabrón estuda cinema na argentina e faz coisa bacaníssima.
Dá-lhe Zinabre!
Opa!
Primeiramente seja bem vindo Aron ou "bienvenido" como se diz aí nas terras dos hermanos. Já ouvi falar de ti várias vezes por intermédio do Victor e a primeira impressão agrada.
Quanto ao vídeo. Não há muito a ser dito depois da análise quase-profunda (sem tirar o mérito) que o Torneira fez aqui em cima, mas além de reafirmar a admiração que a sinceridade do vídeo trespassa e a genialidade do texto, eu gostaria de comentar algumas outras coisas.
O único pecado, ainda mínimo, que eu acredito que foi cometido no vídeo é o de que falta ao personagem se assumir plenamente, assumir suas ações e atitudes. Em alguns momentos o ator e a personagem se tocam e isso quebra um pouco a magia do texto. Ou se é um a todo tempo ou se é outro.
Achei muito boa a transição do foco da câmera quase sem cortes e a filmagem sem pausas (ao melhor estilo Michel Gondry).
Por fim, desejo-lhe boa sorte na empreitada ae na Argentina.
Sucesso novo irmão Zinabrense.
Bem vindo outra vez.
Demoro mas não falho, ou não tardo ou tardo e falho e aí fica tudo quinta-feira.
Aron,
tecnicamente amém. Nada a dizer por dois motivos: o primeiro é que não achei ruim mesmo, achei perfeito. O segundo, não entendo nada, logo meu julgo é simples. Se agrada os olhos é bom se não, não é. E agradou.
Quanto aos contextos, às intempéries e interpretações, o texto... digo: é bom moço demais. por isso me atrapalha acreditar. Não sou otimista por essa ferramenta. Busco generalidades e universalizações. Assim quanto a saída ao problema é dada meio auto-ajuda, meia indivíual-sentimental eu nego. POr dois motivos: Não acho que o problema é individual, acho uma saída escapista, essa coisa de a salvação ser amanhã, ou depois, ou depois de amanhã, essa coisa de deixar que a caisa resolve eu acho cruel. E também, é claro, não acho novo. É um texto batido e trablho ou com concordar com o fato ou com ficar surpreso e isso não aconteceu.
Por isso ponto pra técnica, e sem ponto pro conteúdo.
Ao mesmo tempo que segundo a própria premissa do filme, isso sim, ele é muito bom. E sua leveza está de acordo profundo com o intelecto do personagem. Assim é tudo tão colado, tão sincrônico que ó resultado é ótimo. Uma calma que agrada, uma respiração que re-folega.
Por isso é bom. E por isso agrada, ele envolve. E até eu que sou duro, sorri.
ôouba
muito gostosas as respostas... Obrigado pelos elogios e criticas. gostei mto das respostas de todos.
não sei o que dizer. o que me alegra é a exposição do ponto de vista de cada um. e não sei se cabe a mim responder ou 'rebater' cada uma. gostaria, do fundo da minha alma, que a obra se defendesse sozinha. no fundo tenho fé nisso. por isso vim aqui... porque na verdade, nem a minha resposta terá valor para a obra... (se é que eu posso chama-lá assim).. e sim para a nossa gostosa conversa. não posso defende-la.
logo, vou expor minhas idéias como um espectador e dialogar com as idéias de cada um, porque gostei da conversa. é um exercicio dificil... não sei se conseguirei aplicar esse não-saber... aliás... se já está completa, já não é mais minha. mas tentarei fazer isso...
...
.....
mal galera... não consegui. hahahahahahahaahahaha :D
Obrigado pelas boas vindas e pelo tempo dedicado a ver e a pensar, vocês 3.
Espero contribuir mais e mais por aqui.
abraço de urso p vcs x)
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