3.11.10

O que vem

O que me aperta é esse medo do que vem,
Minha sina, olhar adiante o que convém
Com mil caminhos a seguir distante
Sentir o oposto e o mesmo mais insinuante
É só mais um evento do acaso que me persegue
Só mais um momento do descaso que me impede
É curva sinuosa, barco sem vela, balão sem cor,
É verdade paralela, afasia, avião sem motor
E meu destino corre solto, se afasta, inicia
Vai de frente, vai sem rumo, dia-a-dia, noite e dia
Agonia, fantasia, sou mera nolstagia e confusão
Sou puro silêncio, ansiedade, falta de concentração
Sou demagogia, multidão, sou a polícia e o ladrão.

Um comentário:

Unknown disse...

muy bueno.
faces de um mesmo sujeito em composição com o mundo! ou não...