A Gangue do Tanque

Janjão, Janjão! E tá todo mundo Gangue!
Maicou, Sília, Bigode, Deeiro, e Se é, Já é,
Segue, Citra, Cipreste, todo mundo Grogue
Cita mais, City mais, Cita mais...
Troco por aqui, Toque dá de li... Deli... Ciaventure
E tá todo mundo Greste... Peste... Geste...
E tá todo mundo Nércia
Gago, Morno, Figa!
E tá todo Humor no Figa, e tá todo Humor no Figa
Caio, Prato, Leite, Mindinho, Inda, SúliVan, Zuleika,
Fonsinho, Peroba, Cravus, Salina, ali nas antigas cavalariças,
Num é lograr de pederasta? Necas!
E tá todo mundo Dado, e pra toda Gangue um Largo
Ô Bri-ó-fi-ta, sai-de-ca-sa!
Cidinho, Norberto, Jogador, Paranhos –
Esses num fazem parte, se pensa, tá todo mundo Errado
Custado, Minhau, Parrecido,
Donguinha, Dentada, Cruzada, Violência,
Já é, Segue, Já é, Segue, todo mundo Pulado,
Todo mundo Bandado, todo mundo Faceiro,
Ó! que dou-lhe uns trezentos tais Beliscões não cair aqui pro Magro
Janjão das Possses, Ô Turma
No que Se Segue, Se Mete, Silvado, Maestre, e o Silvestre,
Pongado, Daquele Cerca Se Cerque, pois Se No Cubo, Desabe,
Pois Se Não Curvo, Desalme
Seguiu Janjão, Seguiu; Colheu Baleias, Colhi,
Cercou Manetas, Fui Lá; Frisou No Musgo, Vem Cá
Pai, mãe, tio, vigário, lajedo,
Tá todo mundo Sangue, Tá todo mundo Sangue
E isso a Gangue não conta: segredos são brochuras de Tanque,
São brochuras de Tanque, (e sem bichuras),
São briochuras de Tanque.

Rod Britto – 2002 – Rio de Janeiro / Brasil.

(esse tirin já é meio velhin, mas vale dizer aos de fora do Rio: o Tanque é um bairro dentro do bairro de Jacarepaguá na zona oeste carioca, que aqui na mão levou feições de gangue, ainda que, passando o campo sensível, não esteja de todo eu despropositado nalguma vez; foi só o que eu vi, e passei no corte a costura, destacandin... do it Yourselfio Jr.)