da vez primeira que me vi colorido,
quase não acreditei haver podido
transgredir tão facilmente
a regra básica de ter nascido gente
com cor determinada.
me vi colorido, não só por fora,
mas a correr nas veias
e fiz faxina nas teias
do sem cor de minha demência.
meus olhos pintados [e além]
minha potência.
poema para postal de renatinho da silveira
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
Um comentário:
Muito vivo o poema, a associação com a figura (muito bem trabalhada) do Nietzsche ficou esplêndida !
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