23.8.10

nietzsche com filtro




















da vez primeira que me vi colorido,
quase não acreditei haver podido
transgredir tão facilmente
a regra básica de ter nascido gente
com cor determinada.

me vi colorido, não só por fora,
mas a correr nas veias
e fiz faxina nas teias
do sem cor de minha demência.

meus olhos pintados [e além]
minha potência.


poema para postal de renatinho da silveira

Um comentário:

Isaac Frederico disse...

Muito vivo o poema, a associação com a figura (muito bem trabalhada) do Nietzsche ficou esplêndida !