De repente é aqui
onde a vida parece apequenar-se.
Sem rumo a desbravar.
Sem vislumbre de curva desconhecida.
Há uma outra paisagem
um desvio a beira do caminho.
Nele adentro e chego lá
onde as ervas crescem sobre o barro.
E a manhã é límpida e sem tropeços.
Amarelo-céu
................branco
azul.
Ao cair da noite
o mar de estrelas
pousa sobre nós seu brilho fugidio.
E bebemos o sereno de peito aberto.
Sem disfarces a nos cobrir as horas.
Sem passo rápido para uma nova–velha fuga.
Lá.
Na curva da noite
onde a trilha corta o mato
e só há lua guiando o passo.
Coruja girando a cabeça.
Gavião descansando na cerca.
Lá
Onde quando um dia pesa muito
o outro é recomeço.
Do livreto Torres homem 278.
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
Um comentário:
olha só.. quando a gente acha que não tem mais gente nesse mundo encontro isso ai!
:)
Postar um comentário