11.1.10

Estávamos lá (eu e berimba) no apartamento do compadre Heyk Pimenta, em dezembro passado, Santa Teresa-Rio, quando uma galera reunida ordinariamente, pra beber, comer, fumar, sorrir, (de)clamar se ins-pira e traz à tona, este eixo que nos liga ideológica e culturalmente. Diversos poetas, compositores e artistas plásticos querendo ver alguma coisa acontecendo nestas "estradas já gastas do século XXI". A afinidade foi forte logo de cara; no primeiro momento é como nos reality shows da vida, tudo é divino, maravilhoso! Depois a coisa se torna prova de superação, naturalmente. Voltamos à rotina desvairada da babilônica paulicéia, comunicação por e-mails, convite à uma pá di gente pra entrar na onda: uma espécie de selo editorial cooperativo de publicações a custo popular (investimento e venda), com proposta de distribuição em locais não-convencionais e inusitados. Prá muitos que receberam o convite na época (começo deste ano), creio que pareceu mais um desses projetos de antologias caça-níqueis da rede; mas como disse lá em cima: coisa de geração, movimentação, diálogo, faça voce mesmo (o seu barulho) e dê risada dos vivos que já se consideram canonizados, ou que consideram os artistas de rua "pedintes", limitando-se a viver em guetos pseudo-alternativos e/ou inseridos no esquemão de mercado. Calando qualquer dúvida ou des-confiança, eis que chega EIXADA - Eixo + Enxada. Labuta em território nacional. Sim, já na primeira edição do projeto entraram figuras de regiões variadas, nesta descentralização de eixos brasileiros. A organização deste 1a. edição ficou representada então por Berimba, eu (Caco), Deborah, Heyk, Victor, Nicolau, creditando ainda como "comparsas pensantes" os trovadores Joannes, Xisto e Guila, além de Rod e Ainá. E a coisa evoluiu até fecharmos um time da pesada envolvendo 29 artistas, que no momento nem cabe citar, mas satisfeito com tanta gente de valor em território nacional. Acredito que isto seja algum tipo de posição política na produção artística, sem apelo social pra lavar dinheiro das grandes instituições interessadas em incorporar. Corporações. Nós, os corpos, independentes, menos corrompidos e - por enquanto - contraditórios. Resultado. Dançamos em meio à multidão, porque apesar de fazermos carnaval, a alienação não nos afetou totalmente, mesmo praquela arrogância intelectual que legitima a feitura de versos e sonhos. Não quer dizer que sejamos pós-adolescentes rebeldes anti-patrocínio; é óbvio que queremos a grana dos caras que dão as cartas, mas por aqui o negócio não é domesticado, só pan & circo. Não há discurso, mas ação. Já tem bastante político pra ocupar palanques e dar tapinhas nas costas, promover a inclusão social e faturar as cifra$ que são leiloadas no banco do filão social. Estamos na mídia: as mídias táticas que quisermos estar. O negócio continua sendo ir aonde o povo está. Mambembe pós-moderno(?). A cáravana segue e os cães não abrem mão de roer o osso, alaridar. Seguimos adiante, pois o jogo está empatado e não pode parar... EIXADA!

3 comentários:

Victor Meira disse...

Gol!
Viva o Eixada!

Heyk disse...

É meus caros, deu pano e manga como diria a Karina Rabinovtz.
Mas saiu, é bonito é bonito comno diria o caymmi, e os meus livrinhos já estão a acabaire!

Bom relato caco, eu fiz um desses tbm no lançamento da eixada no rio, bem parecido inclusive, estamos sintonizados. Puta que pariu! E até domingo pra todos!

Anônimo disse...

Ola, what's up amigos? :)
In first steps it is very good if somebody supports you, so hope to meet friendly and helpful people here. Let me know if I can help you.
Thanks and good luck everyone! ;)