15.1.10

Bisturi de plástico Esquecido

O que esperar de um ano novo, nós, os sensitivos, de cambiantes, eis a questão já resolvida de muito, quando deixamos de lado outras coisas e assim dizemos: desta vez, sim, agora somos livres, e pra isso artistas de emendar livros e quilos, mesmo, será? Fiandeiras manias. Sempre mais ou menos assim, trocando os abusos e as folgas, fabricando até uma mureta, pros que querem muito ou pouco afraziar – sucatarão em revista, mas só o outro ano o despedirá, incertidatadamente, acerte o relógio, passando de novo devagar. Frisem-frozen! Primeiro, prove porta----visões: por mais da desordem, nossa, a dos outros, o canudo de plástico puxa em linhas. Arrastosamente 2009-2010. Brincadeiras na terra, as cadeiras tiradas. Logos. Sempre o beira fazendo.

Não vão lá muito longe as nossas missões na barraca de campanha da agenda – quem as tem pelo menos, longe de não emburrar em quem votar presidente esse ano, tirar a diferença de um quase tudo parecido, tirar o ovo do oco – com esse dia a dia de palavras e mais nada, sobramos ainda nós, só mesmo dando nós, sem borralho, ou quisera antes dona mãozinha outra coisa, não destacar a sujeirinha da moda e do modo, brasil. Batuque é um ex-cutuque, até pelo acordem, ouvirás ainda, ora, conforme passa seguimos para o elementar. Sabemos que devemos sentir, coragem, coração, bobagem – e isso, lamento, vem mesmo, contra a vontade – bem ou mal, escrever, nos expressar, propor, negar, afirmar, brigar, chusmar, acelerar o guri sem mais juízo ou contorno (dono de uma súmula anti-cicatrizante) a um refresco, etc, andar de biceclética, ele dá seu deslizar não tão mal... Cambiantes; à procura da barra de rolagem, cobaias, e deixem as mais críticas bichinhas de lado, pelase-please, Ipanema! Esse ano erra-se menos, coragem.

Mudar? Por que não, ora! A luta percebe. Saudar 2010 na pontinha com esperança como tem sido até para quem nada tem conseguido numa sociedade de molho, patinha de nós, quasinha ela toda tombada, e ainda precisa molhar todo ano. Se emplacarmos, e aí? Há a fração de frascos a serem soltos e disponibilizados, despertadores literalmente, re-animistas e místicos sempre, com que nossas últimas opiniões, fresquinhas, a polvilho queimado, restinga!, mércula, pelo menos achamos que agora é que são elas, nós se bandejando. McMistchura. Formação primeira, elementar, malho. Poupança zero, como desejamos já vem selendo, fazendo sala, selo. Pensar positivo. Nós podemos manter o que desejamos ser, ainda sim. Não houvesse também não teria graça. As manias seriam as de sopro em toco de vela, as de dar só uma muradinha pro ano que vem, pra que alguém suba em suas costas até bem rachar e machucar, ver bem mais longe a ele, mas ferir, socialmente, imediato, claro, dá pra dar desculpas, ainda deu, alimentar, eu, aprazavendo. A melhor e com mais crianças. Se seguirá assim; vamos ali que será tudo de bão, reveillon !

Rod Britto, 01 de janeiro de 2010 – Rio de Janeiro / Brasil.

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