Naquele acidente
pude saber
Que o amor é a maior coisa
Que um coração pode conhecer;
Tuas pernas quebradas foram as minhas,
O veneno do teu álcool
as minhas veias percorreu
No ciclo aurículo-ventricular
Que um coração repleto de amor
Mas ausente de air-bag
Pode pulsar.
(Aos 5 de abril de 2009)
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
6 comentários:
Ah, é ótimo, é finíssimo. Os primeiros quatro versinhos são uma bonitezazinha.
Bonito, Isaac.
Muito boa e segura imagem no poema. Um abraço, Rod Britto.
Este foi uma surpresa do Yangon, um poema do livro que ainda não conhecia. Já tinha elogiado o poema e o Issac estava meio vacilante quanto a ele.
Pelos comentários anteriores vejo que o poema conquistou outros leitores.
abraços.
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