16.10.09

Meus: outros jogos magros – sem migrofones

Pronto. Ou não. 457, 460, 463...
Nem é muito por aí. Você. Você vai na fé. Bota a faixa, enfaixa, cola.
Agora é sério, meu – inveja não. É meu; teu; seu; nosso. E é até deles. São mais eles. Que seja. Quem for. O que for, será.
Qual ponto é que é. O da cidade. Que maravilha, a realeza. Já foi. Já é. Perdeu: já era. Pára nesse aqui, piloto, pára; pra mim nesse aqui, seu motor; Obama, obrigado, já tá bom aqui. Transporte nem se fala. Muito bom por aqui. A cidade do Rio toda parada em função nem se sabe por quê. Pois é. Muito show por aqui. Afirmam por aí, nos órgãos de fala maior, que é por causa do povo querer muito isso aí, lá de longe, o engarrafamento, dá pra ver brecha, lançá-la, cabidinho e descoberta, o ônibus mesmo que não passa, passa fora disso aqui, passa cheio disso aqui e mais um pouco. Se cai no canal, a alternativa sempre de regata; resgata lá o seu, meu. Cabe sempre mais um, shock. Ônibus é órgão; injuriados se ficamos, ou o contrário, está dentro da gente. A torcer, retorcer o braço. Eu, você: sem nós, sem voz, mas, confirme-se, com eles. E a cidade espera. Estampa. Mata de paisagem. Faixa amarela.
Saúde. Pra você também. Quanto tempo. Um caos. É fila e mais fila. Não, cê não tá me ouvindo bem. Não, essa é a minha fi-lha! Mais uma minha, fi-lha. Com dor. Ufa! podia ser pior. Piorou. Ninguém entra, ninguém sobe, enquanto não passar corrida nesse corredor, às largas espremendo a todos, num salto particularmente a quem desperta muito cedo, uma maca à distância. Inale isso. Esse aí, quando tem, é filho dos remédios; dos públicos, claro, off course, referência em acidentes de beleza, em gentileza, recepção, não vá pensar você; nem eu fazê-lo. Leva-majestade, de jaleco. Vai você pra lá. Aqui é a sua cidade. Se-nha. Se estou ouvindo muito bem. Até aqui sem u-nha! Os mano que se façam de surdos, por zelo, prevenção. Falta de promiscuidade: oh yes, é querermos melhorar muito. Une-Une-Une. Antes, zoar. Todos ali. Completa: ali alegre. Segura desse lado, alça do braço, arrasta. Acho não dá mais pra voltar atrás, seu doutor, quebrou mesmo. Os retardatários, com muita mão, mano, manobram. Canopla os migrofones. Não agüenta, é? Magros imbecis. Membrinhos, na membrana amarela. Arrocho pelo Centro da Cidade.
Estou seguro por aqui. Desde que não levei aquele tiro na cabeça, tiro de fuzil. Apartamentos estão deixando de lado também aquele negócio de receber a todos numa boa. Com uma boa bofetada de porta, tratar dos pobres, assistir eles um minutinho, que seja. Já é, chega pra cá! Receber agora outras coisas, tá no papo. Aviso geral. Agora é sério; o pranto, não. A mira pronta. A vila aponta. Restaurantes sangram bem mais do que a carne. Um show por ali, por aqui, em qualquer lugar. Eu sou artista. Não, eu sou atleta, com chance. De descoberta. Empurra-se a praia. Descoberta. Enfaixa colorida, cola. Rio. Ci-da-de Mar. Que tiro foi. Já era. Jogou seu boné pra cima. Eu tinha mãe, tia, padrinho, para torcer por mim. Agora que ganhamos. Não tem mais o que levar no abraço. Podia ser pior. E ponto. De novo de cara com a cidade. Dentre outras cidades bem particulares, minha, sua, dele, de amores mil, namorando contra a vontade. Mas o que seja. O Álvaro. Vamos trabalhar. Desafios olímpicos. Enfiado geral nesse quartinho, o da secretária – secretaria de reclamações particulares. De medo não mija, não amarela, você tem um artefato explosivo. D’euforia.
Eu faço crítica à regata sem migrofones
Vamos trabalhar. Estamos reis da animação.
Lindões, sarados, como eu, conforto atlético, nascido e comprometido. Terminado agora o passeio-público, Sérgio Cabral-Eduardo Paes, pode voltar agora pra bater uma bolinha em casa – nem que seja só nos seus campinhos de fundo de quintal imaginários, como uma cidade de tema paisagem, atrás da prefeitura, atrás do Guanabara. Ou no meio de tudo. Num show sem cálculo, nem bom senso pra isso. Pra aquilo. Pelo espírito carioca.
Modos de fazer um Mundo Novo. Onde que vai dar. Nesse caso, então é de frente.
Pessoal: desculpa-me não poder chegar, mas ainda grita mais alto a desestrutura técnica do Rio, não me permitiu chegar. Estou longe disso, mais ou menos. Emagreci. De fato não podemos por aqui (e ‘pôr’ ali, da fé aos recursos), eu, você, ser somente aspirantes a pensar, mas sim raivosos pacientes do desbotamento público. Aqui o braço comendo a mão. O tal morro escrito. Desci da cabeça. Verde, amarelo, azul, branco (neste, se assim passo mal, no aperto, no coração), como for interpretado e privativamente desbotado. Pra comemorar, Acidentu tu. Ordem é a lida ao contrário. N’Outra desculpa (disque-culpa?, uma única pregunta, esfarrapada), no Rio, eu, Paisajo. Ou não: 457; 460; 463. final, com a euforia roubada, sem cair no chão, alternativa à regata

Rod Britto, 02/10/2009 – Rio de Janeiro / Brasil.

Um comentário:

Victor Meira disse...

Cara, esse texto tá um estupro. É um dos mais complicados, doidos, livres e desconexos que eu já li do Rod.

Mistura tanto que sai cinza no fim e eu não sei nem o que eu li. Sabe? Tipo "sim, mas sobre O QUE ele escreve?", e eu digo "não faço a mínima idéia".

Complitude semântica de mendigo!
Pau na cabeça, Rod! Aliás, pau não. Uma clava, cheia de pregos enferrujados e gordura de sangue.