26.6.09

No sol, em prata e no grão.


As mãos seguram firme pros pés baterem soltos.

Junto ao salto vai o frio na barriga.

Desce ao fundo, sem peso.

De volta à tona,

o sol em meia-luz lhe cora o rosto.

No corpo, uma sensação de não ter onde, nem quando.

Volta e meia pequenos medos;

Avistar barbatana, canto de sereia, mão puxando pro fundo...

Na imersão vai o cardume,

ao encontro das redes.

E as ondinhas quebram,

desfazendo lentamente pequenos castelos.


Do livro Elementar, novembro de 2007.

2 comentários:

william galdino disse...

Desde já minhas desculpas pelo atraso.

Rachel Souza disse...

Tem gosto de mergulho, de olhos fechados.