O pássaro passou
Atravessou o poema concreto
Quis ir adiante
Além do que era dado
Buscava mais que o impresso
Ser mais que o momento exato
Quis ter com as nuvens
Onde as palvras não tinham chão
Em espirais voava
E era observado
Os olhos que lhe viam
Dançavam junto as suas asas
E assim enlaçados
Pássaro e observador bailavam
Em olho-vôo-asa
Milhas acima
Da palavra estática
Do livro Fragmentos do Imaginário
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
2 comentários:
"vocês passarão / eu passarinho"
"eu sou um pássaro que vivo avoando / vivo avoando sem nunca mais parar"
"e onde nenhum pássaro ultrapassará"
e por aí vai, inspirações pra seguir voo. ta massa o texto!
Espetacularticuladoralidadealadasintaxes!
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