Corta o sangue
As veias pelo meu corpo
Bate forte motor
Concentra, Purifica e mantém
Circulante a lamina vermelha
Onde mal e porcamente
Sustenta vivo meu corpo
Matéria viva e suja
Impura
Imperfeição da natureza
Corpo corpo corpo
Estranho, estrangeiro
Alienado de sí mesmo
Forma desforme e grosseira
Corta o tempo ao tempo
Em que o sangue corta minhas veias
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
Um comentário:
Tem bons e maus momentos.
é o bater do coração na poesia.
tem hora que bate, hora espera bater.
acho que terminou bem. Uma rima bem colocada no final costuma resolver boa parte da coisa
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