2.4.08

Corte (serie ilustraçoes poéticas)



Corta o sangue
As veias pelo meu corpo
Bate forte motor
Concentra, Purifica e mantém
Circulante a lamina vermelha
Onde mal e porcamente
Sustenta vivo meu corpo

Matéria viva e suja
Impura
Imperfeição da natureza
Corpo corpo corpo
Estranho, estrangeiro
Alienado de sí mesmo
Forma desforme e grosseira
Corta o tempo ao tempo
Em que o sangue corta minhas veias

Um comentário:

Heyk disse...

Tem bons e maus momentos.
é o bater do coração na poesia.

tem hora que bate, hora espera bater.

acho que terminou bem. Uma rima bem colocada no final costuma resolver boa parte da coisa