21.8.07

Zinabrisa

Ô, cavalheiro da poesia cuspida
da audácia dadá
acidez modernista
e engenhoca concreta

nenhum dois três
e todas as quatro

Da falta de chão
do não cair em vão
mas do cair em fresta e bater a cara
se é clara a poesia que presta

Da leitura embaçada
do verbo sujar
do não-pudor

Da continuidade puta e libertina
já que a virgula-mãe lhe foi ausente

Da ousadia ousada
da vontade e do tezão

Do funga
gargareja
ajeita com a língua
e cospe sem fio de baba

O cavalheiro imodesto
o verso-coice

E a beleza catarrada

3 comentários:

Heyk disse...

FILHO IMEDIATO DA FALTA DE CHÃO COM A FALTA DE BRILHO

É rasgo de olho sem cílio
Saló pro bem informado
passeio água turva de rio
paixão quatro mãos mar salgado

salomão leminski chacal
bernardo zarvos e piva
ferreira gullar oswald tarsila
gil torquato macalé

todos os beats
sentem igual
somos o hífen
vapor'-'carnal

de assalto
de assunto
no grito

côrte marciana marcial
chute na lata plaqueta cerebral
nem de platina nem fibra plástica
fatia temporona contemporânea

coluna
canina
canibal

todos os tiros duma noite
os ovos e as penas do animal
dar pergunta onde a cabeça coça
dar resposta onde tudo é normal

arte com salto e sem brilho
semente da planta abismal

Victor Meira disse...

Êia, e viva o heroísmo da poesia-brainstorm! Toquemos a poesia-bruta.

Heyk, vamo criar um círculo de respostas postadas entre os escritores. Ao invés da poesia-resposta aqui no comentário, a poesia-resposta postada.

Heyk disse...

ok, mas lembra-se que o blog tem que ficar agradável com cara de revista...
num é só pra nós..
vou responder nos liames e entre frestas da coisa.

abraço