Ô, cavalheiro da poesia cuspida
da audácia dadá
acidez modernista
e engenhoca concreta
nenhum dois três
e todas as quatro
Da falta de chão
do não cair em vão
mas do cair em fresta e bater a cara
se é clara a poesia que presta
Da leitura embaçada
do verbo sujar
do não-pudor
Da continuidade puta e libertina
já que a virgula-mãe lhe foi ausente
Da ousadia ousada
da vontade e do tezão
Do funga
gargareja
ajeita com a língua
e cospe sem fio de baba
O cavalheiro imodesto
o verso-coice
E a beleza catarrada
Perdão
-
Quisera ver-te em suplício
mas logo me dou conta
– e, de tudo, logo isso! –
que tu és eu.
Sou eu quem me amedronta.
Quisera acusar-te de tudo...
3 comentários:
FILHO IMEDIATO DA FALTA DE CHÃO COM A FALTA DE BRILHO
É rasgo de olho sem cílio
Saló pro bem informado
passeio água turva de rio
paixão quatro mãos mar salgado
salomão leminski chacal
bernardo zarvos e piva
ferreira gullar oswald tarsila
gil torquato macalé
todos os beats
sentem igual
somos o hífen
vapor'-'carnal
de assalto
de assunto
no grito
côrte marciana marcial
chute na lata plaqueta cerebral
nem de platina nem fibra plástica
fatia temporona contemporânea
coluna
canina
canibal
todos os tiros duma noite
os ovos e as penas do animal
dar pergunta onde a cabeça coça
dar resposta onde tudo é normal
arte com salto e sem brilho
semente da planta abismal
Êia, e viva o heroísmo da poesia-brainstorm! Toquemos a poesia-bruta.
Heyk, vamo criar um círculo de respostas postadas entre os escritores. Ao invés da poesia-resposta aqui no comentário, a poesia-resposta postada.
ok, mas lembra-se que o blog tem que ficar agradável com cara de revista...
num é só pra nós..
vou responder nos liames e entre frestas da coisa.
abraço
Postar um comentário