22.8.07

Zinabrento

Sem privilégio da dúvida;
Nem pensou, tá falado!


Corre aqui, ajuda!
Aplica vacina ou sacode.
É zinabre ô poeta...

Doença, aloés, finura e malícia;
De quem vale menos do que pensa,
Arroto acre-doce de vinagre
Em busca daquilo que nem ele sabe.

Poesia evasiva do ermo,
Termos ermos:
Protestaremos!
Sem o discurso de pastor de igreja.

Ação no plural é infinitivo + emos
Infinitivamente voemos!

Poetas doentes de proposta manca,
Ante o glamour quer ser aquele que apaga...
O que é velho e cheio de traça.

Nada têm pretender daquele que ofusca
Díspar da lua que foge do sol,
Mas igual ferrugem em lataria de fusca.

2 comentários:

Heyk disse...

De um ou dois minutos
o percurso do verso torto
de quase rima e remo
pra morrer o mar que é morto
é de palavra junta a fluidez do meu sotaque
sem dúvida nenhuma cairei depois do ataque

anarco-sentimentalista-auto-anti-jurispudência-de-araque

abraço de facão
facilidade caso e bença
tô mirando na araponga
e derrumando a alfazema
lírio ácido benguela
correu pro sopro
o passarinho
evitou que flor virasse lenda
mas arrasou o peito
luz fluindo
menos um apenas

não é preciso
os 32 tomos
nem o diploma que me espera

lumpem-proletariad
alma plena
caipira
verso fosco
sopa quente
sebo e canela

corre os pólos do espelho e resa
anda o fio meio e olha a vela

todos os sonhos
sucessão de aurora
todos os novos
são os velhos da próxima era.

Victor Meira disse...

Demora mas não esquece
Pois já que tem ego-zinabre
o alter aparece

reclama e contesta
pisa no cuspe-poesia
escarra em cima
e vai misturando

entra na roda
paga pra ver
tac'uma pedra
soco na fuça
mata uns quatro
mostra a cobra
pega a lanterna
e mete a luz na janela

que a beleza da poesia escarrada
e a sua profundidade
não tá no fundo
e termina sem ponto