22.8.07

Zinabrar




Senhores e senhoras

Zinabrar
A degola da razão prevista
O furto da lógica
Que limita, que extingue a loucura

É estar cafeinado
Atônito, espera da novidade!
É o “circulô de cunversê”

A nova linguagem da velha vontade
Pastor e bumbo na praça
Gritando pra quem queira escutar

Estilhaço na vitrine
Da pedra jogada por querer

Terreno de fogo sobre a chuva rala
Batuque invocador
Uma toada nova na espreita

Eu Zinabro
Tu Zinabras
Ele Zinabra
Nós Zinabramos

2 comentários:

Victor Meira disse...

Delícia.
A verbalização da poesia ego-zinabrenta.
A profundidade da superfície.
A poetiza fotógrafa.

Vida ao Zinabre.

Heyk disse...

Válido, forte, símio de óculos. Parto de zinco. Que dói e relaxa, pois o que vem é o filho. Se tem algo pra cafungar é nuca de elegia. Mas nem só verso é poesia. Se tem verso mais bem feito que a dura teoria, essa que ficou de costas pro resto da matilha, eu duvido um pouco e por isso é convite não é cortina. A palavra solta é retrato do meu dia a dia. É retrato amorfo, piu que piou errado, sem pata ficou pra trás a formiga.